quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Diário de Mochila - 1° dia do Mochilão rumo ao Paraguai


Diário de Mochila
Terça-Feira, 22 de novembro de 2016 – 1° Dia
Existem dois tipos de viajantes:
os que viajam para fugir e os
que viajam para buscar”.
(Érico Veríssimo)
(10:15h)
Há três dias não consigo dormir direito. Pego no sono, acordo, volto a dormir, tenho algum pesadelo, acordo... Não sei se isso é nervosismo, ansiedade ou um pouco de medo (detesto essa palavra, e raramente a utilizo). Tenho andado feito um zumbi a luz do dia e meu déficit de atenção está nas alturas. Embora hoje seja o dia que irei começar minha viagem, parece que ainda não caiu a ficha da loucura que estou prestes a fazer. Minha mãe, de 10 em 10min tenta me fazer desistir de forma sutil, e creio que não o tenta com mais afinco, pois não acredita deveras que irei empreender realmente nessa jornada, afinal, sou o filho mais novo dela e nos últimos anos ficamos muito ligados por trabalharmos juntos todos os dias.
Meu pai é meu maior exemplo de aventureiro, por tantas histórias que vivenciou e me contou, desde sua vida no campo até quando ainda muito jovem foi morar na cidade em busca do seu próprio sustento. Minha namorada há alguns dias está se martirizando por dentro por ter de me deixar partir sozinho, creio que é um misto de preocupação, ciúmes e saudades antecipada. O importante, é que mesmo não demonstrando, sei que todos me apóiam e estão torcendo por mim.
Minha mãe, ao sair pro trabalho junto com meu pai, pela manhã, veio no meu quarto e me pediu pra “fechar bem as janelas da casa”, creio que numa última esperança de me ver ao voltar pra casa no final do dia. A verdade, é que nem eu, naquela hora da manhã, tinha total certeza se embarcaria nessa aventura, que seria até então, a maior da minha vida.
Vou partir com minha mochila, (Náutika Intruder 45L), abarrotada de coisas que julgo úteis para a viagem e R$160,00 no bolso para cruzar os três estados da região sul e visitar as Cataratas do Iguaçu, juntamente com o Paraguai. Sabendo de forma antecipada dos custos para o passeio nas Cataratas, praticamente vou viajar sem dinheiro, pois preciso da maior parte dessa grana pra adentrar na atração paranaense. Não levarei dinheiro reserva. Não levarei cartão de débito ou crédito. Nunca peguei uma carona na vida. Nunca acampei ou armei uma barraca na vida. Nunca viajei sozinho. Será uma viagem difícil e de muito aprendizado, onde peço a Deus, que tudo corra bem.
(21:30h)
No fim da tarde, após ter pegado um ônibus até a cidade vizinha, Taquara/RS, um grande amigo que já havia se disponibilizado previamente para tal, me deu uma carona de Taquara até Osório, no litoral norte gaucho. Trata-se de um colega do curso de Direito, o empresário Igor Nascimento, dono de um famoso motel na cidade de Osório. O local está com um dos quartos em reforma, e Igor disponibilizou o mesmo para que eu passe a noite, visto que já estava escuro quando chegamos ao lugar.
(22:57h)
Comi duas barrinhas de Club Social que trouxe junto, duas bananas e também tomei um Gatorade, (estava muito quente), pois não posso correr o risco de desidratar e passar mal na viagem. Estou muito ansioso pra colocar o pé na estrada em direção a Torres/RS amanhã e espero finalmente ter uma boa noite de sono hoje à noite.

Foto antes de dormir, no quarto em reforma do Motel




Um comentário:

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