Diário de Mochila
Terça-Feira, 22 de novembro de 2016 – 1° Dia
“Existem dois tipos de viajantes:
os que viajam para fugir e os
que viajam para buscar”.
(Érico Veríssimo)
(10:15h)
Há três dias não consigo dormir direito. Pego no sono,
acordo, volto a dormir, tenho algum pesadelo, acordo... Não sei se isso é
nervosismo, ansiedade ou um pouco de medo (detesto essa palavra, e raramente a
utilizo). Tenho andado feito um zumbi a luz do dia e meu déficit de atenção
está nas alturas. Embora hoje seja o dia que irei começar minha viagem, parece
que ainda não caiu a ficha da loucura que estou prestes a fazer. Minha mãe, de
10 em 10min tenta me fazer desistir de forma sutil, e creio que não o tenta com
mais afinco, pois não acredita deveras que irei empreender realmente nessa
jornada, afinal, sou o filho mais novo dela e nos últimos anos ficamos muito
ligados por trabalharmos juntos todos os dias.
Meu pai é meu maior exemplo de aventureiro, por tantas
histórias que vivenciou e me contou, desde sua vida no campo até quando ainda
muito jovem foi morar na cidade em busca do seu próprio sustento. Minha
namorada há alguns dias está se martirizando por dentro por ter de me deixar
partir sozinho, creio que é um misto de preocupação, ciúmes e saudades
antecipada. O importante, é que mesmo não demonstrando, sei que todos me apóiam
e estão torcendo por mim.
Minha mãe, ao sair pro trabalho junto com meu pai, pela
manhã, veio no meu quarto e me pediu pra “fechar bem as janelas da casa”, creio
que numa última esperança de me ver ao voltar pra casa no final do dia. A
verdade, é que nem eu, naquela hora da manhã, tinha total certeza se embarcaria
nessa aventura, que seria até então, a maior da minha vida.
Vou partir com minha mochila, (Náutika Intruder 45L),
abarrotada de coisas que julgo úteis para a viagem e R$160,00 no bolso para
cruzar os três estados da região sul e visitar as Cataratas do Iguaçu,
juntamente com o Paraguai. Sabendo de forma antecipada dos custos para o
passeio nas Cataratas, praticamente vou viajar sem dinheiro, pois preciso da
maior parte dessa grana pra adentrar na atração paranaense. Não levarei
dinheiro reserva. Não levarei cartão de débito ou crédito. Nunca peguei uma
carona na vida. Nunca acampei ou armei uma barraca na vida. Nunca viajei
sozinho. Será uma viagem difícil e de muito aprendizado, onde peço a Deus, que
tudo corra bem.
(21:30h)
No fim da tarde, após ter pegado um ônibus até a cidade
vizinha, Taquara/RS, um grande amigo que já havia se disponibilizado
previamente para tal, me deu uma carona de Taquara até Osório, no litoral norte
gaucho. Trata-se de um colega do curso de Direito, o empresário Igor
Nascimento, dono de um famoso motel na cidade de Osório. O local está com um
dos quartos em reforma, e Igor disponibilizou o mesmo para que eu passe a
noite, visto que já estava escuro quando chegamos ao lugar.
(22:57h)
Comi duas barrinhas de Club Social que trouxe junto, duas
bananas e também tomei um Gatorade, (estava muito quente), pois não posso
correr o risco de desidratar e passar mal na viagem. Estou muito ansioso pra
colocar o pé na estrada em direção a Torres/RS amanhã e espero finalmente ter
uma boa noite de sono hoje à noite.
Foto antes de dormir, no quarto em reforma do Motel
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